sábado, 8 de setembro de 2012

A Pratica de mutilação genital em Guiné Bissau

No passado dia 08.09.2012 foi publicado na página de internet "Radio voz da Rússia" (http://portuguese.ruvr.ru/2012_09_08/guine-bissau-mutilacao-apoiada-por-igreja-evangelica/) uma entrevista de um "missionário e pastor", Freddy Osvando,que afirmou que  em Bafatá, a Igreja Evangélica tem apoiado a prática de mutilação genital. Essa pratica segundo os seus adeptos é uma forma de evitar que as mulheres se tornem prostitutas ou impuras.

Nos sabemos que o Conselho Nacional das Igrejas Evangélicas de Guiné Bissau sempre lutou contra essa prática e jamais o apoiaria. Para nós é uma inverdade ou um fato isolado que não é a opinião ou pratica de uma organização que é idônea e sempre pautou pela aplicação dos princípios bíblicos conforme manda as escrituras. Hoje em Guiné Bissau é crime essa prática, por isso esse pastor aí, deveria exercer a sua função e denunciar aos autoridades policiais. 

TENHO DITO!
N´na Ordidja

Um comentário:

  1. Eu tenho algumas dúvidas com relação as informações divulgadas pelo site em questão. Duvido porque quem lutou juntamente com Fatumata Djau Balde para a extinção dessa prática foi o pastor Joaquim Correia juntamente com outros guineenses. Se um líder da igreja evangélica da GB lutou para acabar com esse rito, dizer que a igreja evangélica guineense apoia a mutilação genital parece ser contraditório, uma vez que apoiar essa prática não converge com a ideologia dessa instituição conhecida na guiné-Bissau como uma organização séria e que nunca teve, desde os seus primórdios, tal prática (afirmo isso porque conheço os princípios e a ideologia da igreja evangélica da Guiné-Bissau. Posso responder por essa questão); Segunda coisa que suscitou minha dúvida foi esse trecho da matéria: "Para as sociedades tradicionais, como é o caso da Guiné-Bissau, se uma mulher não passar por esta intervenção ela é excluída da sociedade". Será que isso é verdade? Empiricamente falando, sou guineense, vivi na GB até os primeiros anos da minha juventude mas nunca vi isso acontecer, nunca vi na GB uma mulher ser excluída da sociedade guineense por não se submeter a circuncisão feminina, salvo nos grupos que tem essa prática. Então dizer que a mulher é excluída da sociedade é falatório (talvez ocorre excluir uma mulher de um grupo que tem essa prática); em terceiro lugar fora dito que "não existe um número exato, mas prevê-se que em Guiné-Bissau quase metade das mulheres seja atingida pela mutilação genital". Não posso questionar essa terceira colocação, visto não ter dados para tal. Mas tenho minhas dúvidas: será que a metade da população feminina da Guiné-Bissau se submete a essa prática? Mesmo sem dados com relação a este último tópico duvido porque na GB a maioria dos grupos étnicos não tem esse ritual. Se a maioria não tem essa prática, como é possível ter quase a metade da população feminina mutilada? É de estranhar.
    Essa prática, fico feliz, foi extinta e os precursores dessa vitória estão sempre lutando para a sua extinção tanto nas mentes das pessoas quanto nos grupos que tenta perpetuá-la.
    Eu sou contra esse mal e muitos guineenses também, por isso, quando a Fatumata juntamente com Joaquim Correia e outros guineenses estiveram lutando para a sua extinção foram apoiados por guineenses, já que mutilação genital é um mal contra a humanidade, entendo eu.

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