24
de SETEMBRO: A VERDADEIRA LIBERDADE?
Hoje se comemora a independência da Guiné Bissau,
após mais de 400 anos os portugueses enfim deixavam oficialmente o território
da Guiné Bissau no dia 24 de Setembro de 1974. Mas há um ano a Guiné Bissau já teria
declarado unilateralmente sua
independência. A pergunta que se faz realmente é: Será que somos
verdadeiramente libertos? Será que os guineenses podem dizer que são livres? Será que
a liberdade interna aconteceu? Será que o colonialismo saiu de dentro de nós? Tentaremos
em breves linhas trazer uma reflexão histórica para nos clarear.
Segundo os historiadores durante a
pré-história o País era habitado por povos florestais e as primeiras evidências
da vida humana (ferramentas e outros produtos manufaturados) foram descobertas
na África Ocidental, incluindo na Guiné-Bissau, 200.000 anos A.C. Estes
produtos manufaturados são atribuídos à Homo eretus, o antecessor de Homo
sapiens (homem contemporâneo).
Os Mandingas invadiram a Guiné-Bissau no século 13
A.C. e fundaram o reino de Gabú (conhecido por império de Kansalá), vassalo do
império do Mali no século 15 que subsistiu até o século XVIII. Um
dos três grandes Impérios Africanos que dominaram a região. O primeiro foi o Império de Songhai que
dominou a região do rio Níger. O segundo foi o Império de Gana que foi
desaparecendo com a imposição dos berberes e muçulmanos até que em 1240, o
rei do Mali, Sundiata Keita, os conquistou erguendo o Império
de Mali, considerado o maior o maior de todos os impérios
medievais africanos.
Após dobrarem o cabo Bojador em 1434 os portugueses
iniciam a exploração da costa africana. Em 1446 Nuno Tristão chega à Guiné, ao
subir um rio, é atacado e morto. Em 1446 os navegadores Diogo Gomes e
Cadamosto, iniciam a exploração dos grandes rios da Guiné. No mesmo ano Álvaro
Fernandes contata com os Felupes. O que durou até 1974, com a independência sob
a batuta do PAIGC.
Mas a festa que fizemos em 1974 não surtiu o efeito
esperado, pois nos tornamos colonos dos nossos próprios irmãos que vivem dando
golpes e fazendo toda espécie de atrocidades com a população já sofrida. Volvidos
mais de 38 anos ainda continuamos no andar de “Karanguis” e num ciclo vicioso,
matar por poder e ganância. Mas o mais grave é a colonização que tema em não
sair da cabeça e do coração de muitos guineenses. Saímos da colonização, mas a
colonização não saiu de nós.
Mas a maior escravização da Guiné Bissau é o que começou
desde a queda do homem no Jardim do édem. Precisamos libertar os guineenses do domínio
do pecado e da morte, só assim libertos pelo poder de Jesus Cristo, poderemos
amar uns aos outros e juntos galgarmos os mais altos patamares do desenvolvimento
social que beneficia a todos os guineenses.
TENHO DITO!
N´na Ordidja
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