segunda-feira, 24 de setembro de 2012

GUINÉ BISSAU


24 de SETEMBRO: A VERDADEIRA LIBERDADE?


Hoje se comemora a independência da Guiné Bissau, após mais de 400 anos os portugueses enfim deixavam oficialmente o território da Guiné Bissau no dia 24 de Setembro de 1974. Mas há um ano a Guiné Bissau já teria declarado unilateralmente  sua independência. A pergunta que se faz realmente é: Será que somos verdadeiramente libertos? Será que os guineenses podem dizer que são livres? Será que a liberdade interna aconteceu? Será que o colonialismo saiu de dentro de nós? Tentaremos em breves linhas trazer uma reflexão histórica para nos clarear.

Segundo os historiadores durante a pré-história o País era habitado por povos florestais e as primeiras evidências da vida humana (ferramentas e outros produtos manufaturados) foram descobertas na África Ocidental, incluindo na Guiné-Bissau, 200.000 anos A.C. Estes produtos manufaturados são atribuídos à Homo eretus, o antecessor de Homo sapiens (homem contemporâneo).

Os Mandingas invadiram a Guiné-Bissau no século 13 A.C. e fundaram o reino de Gabú (conhecido por império de Kansalá), vassalo do império do Mali no século 15 que subsistiu até o século XVIII.  Um dos três grandes Impérios Africanos que dominaram a região. O primeiro foi o Império de Songhai que dominou a região do rio Níger. O segundo foi o Império de Gana que foi desaparecendo com a imposição dos berberes e muçulmanos até que em 1240, o rei do Mali, Sundiata Keita, os conquistou erguendo o Império de Mali, considerado o maior o maior de todos os impérios medievais africanos.

Após dobrarem o cabo Bojador em 1434 os portugueses iniciam a exploração da costa africana. Em 1446 Nuno Tristão chega à Guiné, ao subir um rio, é atacado e morto. Em 1446 os navegadores Diogo Gomes e Cadamosto, iniciam a exploração dos grandes rios da Guiné. No mesmo ano Álvaro Fernandes contata com os Felupes. O que durou até 1974, com a independência sob a batuta do PAIGC.

Mas a festa que fizemos em 1974 não surtiu o efeito esperado, pois nos tornamos colonos dos nossos próprios irmãos que vivem dando golpes e fazendo toda espécie de atrocidades com a população já sofrida. Volvidos mais de 38 anos ainda continuamos no andar de “Karanguis” e num ciclo vicioso, matar por poder e ganância. Mas o mais grave é a colonização que tema em não sair da cabeça e do coração de muitos guineenses. Saímos da colonização, mas a colonização não saiu de nós.

Mas a maior escravização da Guiné Bissau é o que começou desde a queda do homem no Jardim do édem. Precisamos libertar os guineenses do domínio do pecado e da morte, só assim libertos pelo poder de Jesus Cristo, poderemos amar uns aos outros e juntos galgarmos os mais altos patamares do desenvolvimento social que beneficia a todos os guineenses.

TENHO DITO!
N´na Ordidja

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