Por Adulai Indjai, Jornalista
“…Procurar justificar os males que têm vindo a suceder, apontando o dedo ao inimigo invisível é completamente absurdo. Mas o limite do Absurdo, começa mesmo, quando o COMUM (Povo), perde o lugar primordial na sociedade das nações a favor do EU (os Despóticos).” (…) “O que se passa na Guiné-Bissau, nos últimos doze anos, é sobretudo, um problema de desejos Despóticos, que reside num só fundamento – o Poder. O POVO sofredor não faz parte do fundamento do Eu, como nunca fez, e, talvez nunca fará parte”.
O tempo poderá julgar a nossa existência neste mundo, não porque fomos ou pensamos ter sido úteis à nossa sociedade ou ao mundo em geral, mas sim pelas nossas boas ou más ações. Não aspiramos fazer parte predominante do movimento de mudanças cujos objetivos são indecifráveis, e, nem tão-pouco fazer parte do clube dos vendedores de sonhos inatingíveis as pessoas pacatas que apenas almejam viver na paz, num ambiente tranquilo. Diz-se que, se estamos sempre a querer cada dia mais, o termo (querer) pelos contornos que ganha um outro sentido que pode ser pernicioso, simplesmente porque pode limitar-se em «querer é poder» induzindo ao recurso a argumentos pouco ortodoxos para se afirmar.
Julgamos fazer parte dos que, sempre que a ocasião se oferece, tentam lembrar aos que detêm o poder, que o usem da melhor forma possível porque o seu exercício é finito e destina-se a servir a coletividade. Há muito tempo que estamos fora, mas nem por isso deixamos de acompanhar com muita atenção e cautela as atividades políticas e militares da Guiné-Bissau, o nosso amado país.
FONTE: www.gbissau.com
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