sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Missão de observadores internacionais na Guiné-Bissau reúne-se com chefias militares


A missão de observadores internacionais que se encontra na Guiné-Bissau reuniu-se ontem, quinta-feira,  com as chefias militares das quais ouviu garantias da submissão ao poder político. A garantia “de submissão total” dos militares ao poder político foi dada pelo porta-voz do Estado-Maior General das Forças Armadas guineenses, coronel Daba Na Walna, quando falava aos jornalistas sobre o teor da conversa mantida entre as chefias militares e a missão conjunta internacional.
“Foram colocadas duas questões às Forças Armadas da Guiné-Bissau, sobre a reforma (do setor de Defesa e Segurança) e sobre a posição das Forças Armadas no processo político atual. Respondemos que as Forças Armadas da Guiné-Bissau são republicanas e submissas ao poder político do país”, afirmou Daba Na Walna. “Em relação à reforma estamos prontos caso venha ser uma realidade. Estamos agora na dependência do poder político se esse conseguisse meios para que a reforma seja uma realidade, os militares estão prontos para reforma”, notou o porta-voz do exército guineense.
Daba Na Walna disse esperar que após a missão conjunta de observação internacional sobre a realidade guineense “a tensão irá desanuviar” no país. “Acho que falando, dialogando nós nos entendemos. Acredito piamente que este encontro trará frutos”, disse ainda o porta-voz do Estado-Maior das Forças Armadas guineenses.
Antes de entrar para a reunião com as chefias militares, que acabou por durar cerca de hora e meia, a delegação internacional foi conduzida pelo próprio chefe das Forças Armadas guineenses, general António Indjai, a visitar as degradadas casernas que compõem o quartel do Estado-Maior. Antes, a missão esteve reunida com o ministro da Defesa do Governo de transição, Celestino de Carvalho, com quem abordou o andamento do processo da reforma do setor militar.
FONTE: www.gbissau.com (Lusa, 20 de Dezembro de 2012)

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