terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Guiné Bissau: Ban Ki-moon satisfeito com coordenação entre parceiros internacionais


O secretário geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, manifestou-se hoje (segunda-feira) satisfeito com a actual “coordenação de esforços” entre os parceiros internacionais para a Guiné-Bissau. Depois de meses de divergências públicas entre a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e a Comunidade Económica dos Estados da da África Ocidental (CEDEAO), estas organizações, a União Africana e a União Europeia, estão agora a “coordenar os seus esforços sobre a Guiné-Bissau e a apelar a um roteiro de transição para o regresso à ordem constitucional no país”.
Em conferência de imprensa à margem da cimeira de chefes de Estado da União Africana, o secretário-geral da ONU afirmou estar “satisfeito” com a coordenação para o país lusófono, um dos vários no continente africano a que se referiu. No último relatório sobre a situação na Guiné-Bissau, Ban apelou ao diálogo entre todas as partes para acordar um roteiro de um “período de transição” que inclua a realização de eleições e um consenso alargado sobre um conjunto de reformas para reforçar a estabilidade política e social.
Quase um ano depois do golpe de Estado de Abril de 2012, em que altos oficiais guineenses depuseram as autoridades eleitas, Ban Ki-moon considerou de “grande preocupação” a “contínua falta de controlo e supervisão civil sobre as forças de segurança e defesa e tentativas insistentes de alguns políticos para manipular os militares para benefícios sectários”. Estas tentativas “minam o funcionamento eficaz das instituições estatais e sublinham a necessidade urgente de mudar radicalmente a forma como a política é conduzida no país, bem como o imperativo da reforma dos sectores de segurança e justiça”, escreveu Ban Ki-moon.
Além de execuções e buscas domiciliárias extrajudiciais, há relatos de ameaças, raptos e espancamento de políticos, depois abandonados nos arredores da capital, por indivíduos que usam uniformes militares ou roupas civis. “Estas violações de Direitos Humanos não devem ser toleradas. Apelo, portanto, às autoridades de facto na Guiné-Bissau para que actuem de maneira lesta para combater a impunidade e promover a justiça”, destacou. O relatório surge numa altura em que é rendido o número um do gabinete da ONU em Bissau (UNIOGBIS), iniciando funções em Fevereiro o Prémio Nobel timorense José Ramos-Horta.
O mandato da UNIOGBIS cessa a 28 de Fevereiro de 2013, tendo de ser agora renovado pelo Conselho de Segurança, o que o secretário-geral recomenda. Dado que Ramos-Horta está em início de mandato e a fazer uma avaliação da situação no terreno, com base na qual Ban Ki-moon irá fazer um conjunto de recomendações para ajustar o mandato da UNIOGBIS, o secretário-geral recomenda uma extensão por apenas três meses, até 31 de Maio.
Em entrevista telefónica à Lusa a propósito da cimeira da União Africana (UA), que hoje termina em Addis Abeba, Ramos-Horta disse que parlamentares guineenses estão a preparar um roteiro sobre os passos a dar até às eleições, que deverá ser apresentado até à cimeira da CEDEAO, no final de Fevereiro. “Espera-se um roteiro contendo os passos a dar e o calendário sobre as eleições”, disse. Segundo o responsável, esta é a principal conclusão da reunião de Addis Abeba, que abordou à margem a questão da Guiné-Bissau, mas tinha a situação do Mali como questão central.
FONTE: www.gbissau.com

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Arquipélago dos Bijagós, na Guiné-Bissau, com défice de quase tudo – documento


Ilha da Caravela, Guiné-Bissau
As estruturas de Saúde e de Educação e a presença do Estado no arquipélago dos Bijagós, na Guiné-Bissau, ou são insuficientes ou inexistentes, de acordo com um documento hoje divulgado por deputados eleitos pela região. Os deputados eleitos pelo círculo Bolama-Bijagós deram hoje uma conferência de imprensa em Bissau, na qual exigiram do Estado da Guiné-Bissau um maior empenho no caso do naufrágio de uma piroga, no mês passado, do qual resultou a morte de mais de 30 pessoas.
O arquipélago dos Bijagós, com uma superfície de 10 mil quilómetros quadrados, é constituído por 88 ilhas e ilhéus mas só 22 são habitadas permanentemente por cerca de 35 mil pessoas. De acordo com o documento, desde a independência que o Estado da Guiné-Bissau tem investido “muito pouco” para o desenvolvimento das ilhas e parceiros internacionais do país como diversas agências da ONU não atuam na região.
Apesar das potencialidades em áreas como a pesca ou o turismo, nas ilhas faltam escolas, centros de saúde, oportunidades de formação e trabalho para os jovens, meios de comunicação e meios para controlar a migração clandestina, segundo o documento de diagnóstico. No arquipélago, acrescenta, as infraestruturas do Estado estão degradadas, as principais redes rodoviárias estão “em ruína” e falta energia elétrica, para não falar da falta de tribunais, e da “ausência de autoridade de Estado em várias ilhas, sobretudo no setor de Caravela e Uno”.
FOTE: www.gbissau.com

Guiné Bissau: Ramos Horta acredita em eleições na Guiné-Bissau até ao fim do ano


Adis Abeba - O representante da Organização das Nações Unidas (ONU) junto da Guine Bissau, José Ramos Horta, disse hoje, sábado, em Adis Abeba, acreditar que as eleições, para pôr fim a crise política naquele país deverão ocorrer até final deste ano. Em declarações a jornalistas na capital etiope, a um dia da 20ª Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da União Africana, Ramos Horta, disse ter informações que a situação política evoluiu positivamente, havendo um clima de diálogo, envolvente para um acordo abrangente.

«Em primeiro lugar devem ser os irmãos da Guine Bissau a decidirem se existem condições ou não para realizar eleições», declarou. Garantiu que a ONU fará tudo para mobilizar recursos para apoiar a realização de eleições, no tempo adequado, depois de ouvidas todas as partes e desde que hajam garantias de o pleito abrir “as portas para o futuro da Guine Bissau”.

Anunciou que chegará a Bissau a 12 de Fevereiro e promete, com “muita Paciência”, iniciar contactos com as autoridades governamentais, partidos políticos, mas também trabalhando com a sociedade civil e as forças armadas para juntos encontrar o consenso nacional, para que o país ainda este ano possa sair da crise, de quase duas décadas. Diz que será necessária muita paciência e tempo para dialogar com todos sem excepção, porque todos estão cansados e querem ver as suas vidas nos planos profissional e pessoal normalizada e com dignidade.

Apontou ainda como prioridade a reorganização e modernização das forças armadas, de acordo com a vontade dos guineenses, mas que só é possível num quadro politico constitucional, democrático, que terá o apoio da comunidade internacional.

FONTE: Novas da Guiné Bissau

UA/Guiné-Bissau: Reunião consultiva


Partindo de uma iniciativa da União Africana (UA), uma reunião consultiva sobre a situação na Republica da Guiné-Bissau teve lugar em Addis Abéba, no dia 26 de janeiro de 2013. Para além da UA, as organizações internacionais, que participaram na Missão Conjunta de Avaliação que esteve na Guiné-Bissau em dezembro de 2012, tomaram parte nessa reunião, nomeadamente a CEDEAO, a CPLP a UE e as NU.

A reunião, que foi presidida pelo Comissario para a Paz e a Segurança da União Africana (UA), o embaixador Ramtane Lamamra, contou com a participação do Sr. Kadré Désiré Ouédraogo, Presidente da Comissão da CEDEAO, do Sr. Murade Issac Murargy, Secretario Executivo da CPLP, do Sr Jeffrey Feltman, Secretario Geral Adjunto dos Assuntos Politicos das Nações Unidas (NU), e do Sr Nick Wescott, Director Geral para a Africa do Serviço Europeu de Acção Exterior. O novo Representante Especial do Secretario Geral das NU para a Guiné-Bissau, o antigo Presidente da Republica de Timor-Leste, o Premio Nobel da Paz, Ramos Horta, e o Representante Especial da UA na Guiné-Bissau, o Embaixador Ovidio Manuel Barbosa Pequeno, participaram igualmente nessa reunião. Os participantes procederam a uma troca de pontos de vista sobre a evolução da situação na Guiné-Bissau e sobre as conclusões da Missão Conjunta de Avaliação UA-CEDEAO-CPLP-UE-NU chefiada pela UA, que esteve na Guiné-Bissau de 16 a 21 de dezembro 2012. Os participantes tomaram nota dos progressos alcaçados pelos actores guineenses, insistindo no entanto, de que restam ainda outros desafios e metas a ultrapassar.

Os participantes chegaram a acordo sobre a necessidade para que as cinco organizações envolvidas de estabelecerem uma interacção estreita e de continuarem a trabalhar conjuntamente para assistirem a Guiné-Bissau de maneira eficaz. Nesse sentido, elas acordaram que o relatorio da Missão Conjunta deve ser submetida aos orgãos competentes das respectivas cinco organizações tendo em vista promover convergências quanto a apreciação dos progressos realizados e as perspectivas de contribuição coordenadas para a saida da crise na Guiné-Bissau. Os participantes saudaram o lançamento pelos actores guineenses, no seio da Assembleia Nacional Popular (ANP), do processo de elaboração Roteiro para a Transição. Sublinharam que o referido Roteiro, deve beneficiar de um consenso nacional e responder aos ensejos da Comunidade Internacional, com o intuito de marcar uma etapa qualitativa no processo de saida da crise. Os participantes, entre outras questões, retiveram o principio da realização de uma segunda Missão Conjunta logo a seguir a adopção do Roteiro da Transição para a saida da crise.

Djamil Ahmat
© Copyright Alwihda

FONTE: Ditadura do Consenso (António Aly Silva)

domingo, 27 de janeiro de 2013

Brasil: Incêndio em boate provoca pânico e mortes em Santa Maria, no RS


Incêndio deixa mortos em boate de Santa Maria (Foto: Germano Roratto/Agência RBS)
Um incêndio na boate Kiss, em Santa Maria, na Região Central do Rio Grande do Sul, deixou ao menos 90 mortos confirmados na madrugada deste domingo (27), de acordo com a Polícia Civil. O número total de vítimas ainda é desconhecido e há centenas de feridos sendo atendidos nos hospitais da cidade. A polícia e o Corpo de Bombeiros ainda trabalham no local, checando as circunstâncias do fogo e retirando corpos da área.  A delegada Elisabete Shimomura afirma que dois caminhões já chegaram Centro Desportivo Municipal com corpos. Com isso, ela acredita que o número de mortos chegue a 120.
"Nós terminamos o rescaldo do local e estamos fazendo a remoção dos corpos. O IGP fará reconhecimento dessas vítimas. São mais de 40 anos de Bombeiros e nunca vi uma tragédia nessa proporção", afirmou o Coronel Moisés da Silva Fuchs, comandante do Corpo de Bombeiros de Santa Maria, em entrevista à Rádio Gaúcha.
Todos os hospitais da região estão recebendo as vítimas. São ao menos seis casas de saúde. Voluntários estão auxiliando os trabalhos na cidade. "Estamos mobilizando todo o estado, temos hospitais de diversas regiões se disponibilizando para ajudar. De Canoas, Santo Ângelo, Santa Cruz, enfim. Todos estão colaborando para oferecer o melhor atendimento possível. Os trabalhos são intensos e é preciso uma mobilização muito grande", ressaltou o Secretário Estadual da Saúde, Ciro Simoni, em entrevista à Rádio Gaúcha.
Segundo informações preliminares, o fogo teria começado por volta das 2h30 quando o vocalista da banda que se apresentava fez uma espécie de show pirotécnico, usando um sinalizador. As faíscas atingiram a espuma do isolamento acústico no teto do estabelecimento e as chamas se espalharam. O incêndio provocou pânico e muitas pessoas não conseguiram acessar a saída de emergência. Em seu Twitter, o governador Tarso Genro lamentou a tragédia e disse que vai viajar para a cidade.
FONTE: www.globo.com


sábado, 26 de janeiro de 2013

Missão conjunta discute crise na Guiné-Bissau


O secretário executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Murade Murargy, vai participar numa reunião da missão conjunta à Guiné-Bissau, hoje, sábado, realizada à margem da 20ª Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da União Africana (UA).

Esta reunião, presidida pelo Comissário para a Paz e Segurança da UA, é consagrada à apreciação da situação na Guiné-Bissau. Recorde-se que a Organização das Nações Unidas (ONU), a UA, a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), a CPLP e a União Europeia (UE) realizaram uma missão conjunta à Guiné-Bissau, entre 16 e 21 de dezembro de 2012. Com coordenação da UA, a missão reuniu com diversos interlocutores para avaliar a situação interna neste país.


FONTE: Ditadura do Consenso

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Dilma Rousseff diz que Brasil quer participar na estabilização da Guiné Bissau

Brasília - A presidente Dilma Rousseff disse que o Brasil quer participar nos processos de estabilização da Guiné Bissau e considera ser responsabilidade de Portugal apoiar a antiga colónia.


A presidente Dilma Rousseff disse que o Brasil quer participar nos processos de estabilização da Guiné Bissau e considera ser responsabilidade de Portugal apoiar a antiga colónia. Numa abordagem a conflitos internacionais, no final da Cúpula Brasil-União Europeia, realizada quinta-feira no Palácio do Planalto, a presidente  demonstrou o interesse especial do Brasil em participar do processo de paz na Guiné-Bissau, integrante da comunidade dos países de língua portuguesa.

"Também não podemos ficar indiferentes à situação vivida na Guiné-Bissau, principalmente um país de língua portuguesa", afirmou. "Nós temos interesse em participar de todos os processos para que essa situação de conflito armado e de agravamento da instabilidade política da região devido ao tráfico de drogas, ao tráfico de armas, à pirataria, seja resolvida", afirmou Dilma. A presidente fez referência também à responsabilidade de Portugal, como antigo colonizador, em apoiar o país africano. No início da semana, o representante da ONU para a Guiné Bissau, José Ramos Horta,  pediu ao Brasil maior controle sobre a droga levada da América do Sul para a África.

Tentações coloniais

A presidente do Brasil defendeu a submissão das ações militares no Mali ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), com atenção na proteção de civis. "O  combate ao terrorismo não pode, ele mesmo, violar os direitos humanos nem reavivar nenhuma das tentações, inclusive, a antigas tentações coloniais", disse, sem citar o nome, em referência à atuação da França, que colonizou o país por décadas, até sua independência, em 1960.A presidente disse que considera "muito preocupante" a situação do conflito armado no Mali. "Advogamos uma participação muito grande dos órgãos internacionais na resolução desses conflitos".

Dilma Rousseff defendeu uma mobilização internacional para que se encontre solução pacífica para o conflito na Síria. "Ficou visível que, através do conflito armado, não se chegará a um acordo", disse. Segundo a presidente, o principal responsável pelo acirramento do conflito é o governo local, mas a oposição armada também contribui. As informações são da Agência Brasil.

FONTE: Novas da Guiné Bissau

Saúde: Cardiologista português consulta 350 doentes gratuitamente na Guiné-Bissau


Um cardiologista português pretende consultar em Bissau, de forma gratuita, 350 doentes guineenses que inicialmente aguardavam para serem transportados para Portugal, avança a agência Lusa. O médico português, levado a Bissau pela Fundação Ricardo Sanhá, iniciou na quinta-feira as consultas no hospital Simão Mendes e no mesmo dia atendeu 92 pacientes com problemas cardíacos, revelou Ricardo Sanhá.

Até ao final do dia desta sexta-feira, o cardiologista português vai atender 69 pacientes, indicou ainda o patrono da Fundação Ricardo Sanhá, cuja acção principal tem sido, desde a sua criação em 2009, reduzir o número de doentes guineenses que vão em junta médica para  Portugal.Originário da Guiné-Bissau mas formado e residente em Portugal há vários anos, Ricardo Sanhá lamenta que em certos casos alguns doentes que são levados para Portugal podiam ser tratados na Guiné-Bissau.

O responsável da fundação dá o exemplo de que o especialista português acabou por descobrir que o hospital Simão Mendes tinha equipamentos que podiam perfeitamente ser usados para tratar os doentes com problemas cardíacos. "Descobrimos que há equipamentos mas os próprios  técnicos que estão no hospital desconheciam que esses equipamentos existiam lá. São equipamentos de ponta que vamos usar para tratar os doentes. É pena que esses equipamentos estejam aqui há três anos sem que fossem usados para atender os doentes", afirmou Ricardo Sanhá.

Os doentes que precisarem de intervenções cirúrgicas serão transportados para Lisboa ou para Dacar, no Senegal, a expensas da Fundação, disse o responsável, que em poucos dias de atendimentos enalteceu o trabalho do especialista português que tem sido coadjuvado pelos médicos guineenses.

FONTE: Novas Da Guiné Bissau

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Guiné Bissau: Nomeação de Ramos-Horta é “réstia de esperança” – Carlos Júnior


O primeiro-ministro deposto da Guiné-Bissau considerou hoje (terça-feira) que a nomeação de José Ramos-Horta como representante da ONU no país representa “uma nova réstia de esperança de que haja paz e estabilidade” naquele Estado africano. “A nomeação de Ramos-Horta é uma nova réstia de esperança de que haja paz e estabilidade na Guiné-Bissau dada a experiência que ele tem”, disse Carlos Gomes Júnior à Lusa. “Contamos com todo o seu apoio para que haja efetivamente paz definitiva e estabilidade”, reiterou.
O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, designou no último dia de 2012 o ex-presidente timorense José Ramos-Horta como seu representante especial na Guiné-Bissau, para liderar a missão da UNIOGBIS — criada para consolidar a paz no país. Na segunda-feira, após uma visita à sede da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), em Lisboa, Ramos-Horta, admitiu que será difícil mobilizar a comunidade internacional para apoiar o processo eleitoral na Guiné-Bissau e mostrou-se favorável a um adiamento das eleições.
Afirmou ainda que os países africanos, nomeadamente a Guiné-Bissau, são vítimas dos países produtores e consumidores de droga e que estes têm que fazer mais para combater o narcotráfico. Hoje, escusando-se a comentar estas últimas declarações, Carlos Gomes Júnior concordou com o representante da ONU sobre as dificuldades de conquistar o apoio financeiro da comunidade internacional para as eleições guineenses. Recordou que na primeira volta das eleições presidenciais de 2012, havia uma estimativa de que seriam necessários cinco milhões de dólares para a realização desse acto.
“Agora o governo de transição fala de uma estimativa de cerca de 20 milhões de dólares para a realização de todos os actos eleitorais e nós pensamos que, dada a crise que existe na comunidade internacional neste momento, será difícil conseguir apoio para o montante que está a perspectivar-se”, disse. No entanto, afirmou que os responsáveis da Comissão Nacional de Eleições se pronunciarão, “a devido tempo”, sobre se há ou não condições para a realização das eleições.
FONTE: www.gbissau.com  (Lusa, 22 de Janeiro de 2013)

Guiné Bissau: PAIGC e partidos que o apoiaram nas últimas eleições querem um governo de base alargada


O Partido Africano para a independência da Guiné e Cabo Verde ( PAIGC) e partidos políticos que o apoiaram nas últimas eleições presidenciais, defendem a formação de um governo de base alargada e de inclusão. Esta posição foi revelada à imprensa terça-feira pelo porta-voz do PAIGC, António Óscar Barbosa, vulgo Cancan, no final de um encontro decorrido na sede nacional do PAIGC, em Bissau.
“… aqui na sede do partido, todas as formações políticas que apoiaram o PAIGC após os acontecimentos de 12 de abril último, procederam à uma análise profunda sobre a evolução política nacional, em consequência da assinatura do Pacto e Acordo Político de Transição pelos partidos que o subscreveram no passado dia 17 de janeiro numa cerimónia decorrida na sede da ANP”, indicou.
“O PAIGC foi representado pelo camarada Comandante Manuel Saturnino da Costa e primeiro vice-presidente do partido, que informou os seus parceiros das razões que levaram o partido a assinar os dois documentos de transição em nome dos superiores interesses do povo da Guiné Bissau”, adiantou.
António Óscar Barbosa citou os partidos e seus representantes que presenciaram o encontro, a saber, o representante do Centro Democrático (CD), do Partido popular Democrático (PPD), Partido da Nova Democracia (PND), União Patriótica Guineense (UPG), Partido da Solidariedade e Trabalho (PST), Partido para o progresso (PP) e Partido Unido Social-Democrata (PUSD).
“Todos esses partidos expressaram, de forma inequívoca, a sua solidariedade para com o posicionamento assumido pelo PAIGC e os outros partidos por forma a viabilizar a transição política na Guiné Bissau e reafirmaram, com firmeza, a necessidade de mantermo-nos a coesão e unidade em torno dos valores democráticos e constitucionais”, lembrou.
“Todos os partidos presentes na reunião reafirmaram a necessidade urgente de formação de um Governo de base alargada, mas verdadeiramente inclusivo e de emanação parlamentar. Os partidos da frente democrática e constitucional defenderam o surgimento deste Governo – de base alargada, inclusivo e de emanação parlamentar – como uma necessidade urgente de fazer reintegrar a Guiné Bissau no concerto das nações, através de uma governação responsável e legítimo”, sublinhou Cancan.
Nesse sentido, se fez ele ouvir ainda, apelamos a sua excelência, todos os partidos – o PAIGC e todos os outros partidos presentes na reunião – apelamos a sua excelência senhor presidente da República de Transição e a comunidade internacional, no sentido de tudo fazerem para se operacionalizar, o mais rapidamente possível, a formação do aludido governo de base alargada e de emanação parlamentar, verdadeiramente inclusivo, bem como exigem, em consenso, a que as Organizações internacionais que acompanham a situação política no país lutem para que esse nosso objectivo seja alcançado.
A reunião teve o seu início as 10 horas e só terminou por volta das 14 horas mais tarde na sede nacional do PAIGC, revelou ainda António Óscar Barbosa.
FONTE: www.gbissau.com  (Rádio Bombolom-FM, 22 de Janeiro de 2013)

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Presidente da Nigéria visita Guiné-Bissau Encontro com responsáveis da ECOMIB


O Presidente da Nigéria, Goodluck Jonathan, é esperado para uma visita de trabalho na Guiné-Bissau, segundo uma fonte das autoridades de transição guineenses.

De acordo com a referida fonte, a deslocação do Presidente em Exercício da Comunidade de Estados da Africa Ocidental (CEDEAO), tem como a finalidade acompanhar de perto o período de transição em curso na Guiné-Bissau, onde se prevê um encontro com os responsáveis das forças da CEDEAO (ECOMIB) movida para o país na sequência do golpe de Estado de 12 de Abril de 2012. Contactada a Embaixada da Nigéria na Guiné-Bissau confirmou a deslocação de Chefe de Estado nigeriano ao país, indicando que esta visita está agendada para Fevereiro.
A Nigéria detém maior número de efetivos das forças da ECOMIB na Guiné-Bissau, onde a Ministra da Defesa deste país esteve de visita a 25 de Dezembro, aos efetivos da Nigéria na Guiné-Bissau.

Com a finalidade de proteger as autoridades de transição e reformas nos sectores de Defesa e Segurança, inicialmente estava previsto que a força da CEDEAO terminasse a sua missão após um período de 12 meses no país.


FONTE: Novas da Guiné Bissau

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Ramos-Horta admite dificuldades em mobilizar apoio internacional para eleições na Guiné-Bissau

O representante das Nações Unidas para a Guiné-Bissau, José Ramos-Horta, admitiu hoje que será difícil mobilizar a comunidade internacional para apoiar o processo eleitoral no país e mostrou-se favorável a um adiamento das eleições. "Não é fácil (...) devido à crise financeira e económica que prevalece no mundo, em particular nos países ricos amigos e apoiantes tradicionais da Guiné-Bissau.

[Será] Difícil devido aos constantes recuos no processo na Guiné-Bissau, alguma desilusão, desencanto", disse o timorense José Ramos-Horta. O representante das Nações Unidas para a Guiné-Bissau, que falava aos jornalistas em Lisboa, após uma reunião com o secretário executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Isaac Murade Murargy, adiantou contudo ser possível inverter este cenário. LUSA
 
FONTE: Ditadura do consenso

domingo, 20 de janeiro de 2013

Guiné Bissau: Amílcar Cabral é homenageado


Pai das independências da Guiné e Cabo Verde. O fórum internacional para assinalar o 40º aniversário da morte de Amílcar Cabral, o “pai” das independências da Guiné-Bissau e de Cabo Verde, a 20 de Janeiro de 1973, em Conakry (Guiné), encerra hoje na cidade da Praia.

Ao longo de três dias, conferencistas de Angola, Portugal, Canadá, Cuba, Itália e Finlândia, bem como de Cabo Verde e da Guiné-Bissau, participaram em debates sobre o “pensamento e a obra” de Amílcar Cabral e questões relativas à agenda nacional e internacional relacionadas com a educação, cultura, economia e política.


O fórum, organizado pela Fundação Amílcar Cabral, sob o lema “Por Cabral Sempre”, decorre em torno de três grandes temas: “O pensamento de Amílcar Cabral na perspetiva contemporânea”; “Cabo Verde - Os caminhos do futuro, desafios e perspectivas” e “Questões do mundo global - integração e interdependências”.


Além desta iniciativa da fundação, presidida pelo ex-presidente cabo-verdiano Pedro Pires, estão igualmente previstos outros eventos destinados a assinalar em Cabo Verde o dia da morte de Amílcar Cabral e, em Setembro próximo, os 90 anos do nascimento do líder histórico do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).


FONTE: Novas da Guiné Bissau

Opiniões: Guiné-Bissau, os sonhos e um país por cumprir


Amílcar Cabral
Os sonhos de Amílcar Cabral de uma Guiné-Bissau independente, democrática e desenvolvida estão por cumprir, 40 anos após a morte do herói do país, de acordo com analistas. Para uns o país falhou, para outros foi Amílcar quem falhou.
Amílcar Lopes Cabral, que nasceu na Guiné-Bissau e passou parte da sua vida em Cabo Verde, foi o fundador do movimento de luta pela independência das então duas colónias portuguesas e morreu a 20 de janeiro de 1973, na Guiné-Conacri, prevalecendo a tese de que terão sido os próprios companheiros de luta os autores.
Quarenta anos depois, a Lusa perguntou a três dos mais conhecidos analistas políticos da Guiné-Bissau quais os sonhos do principal herói do país que estavam por cumprir.
Fernando Delfim da Silva:
“Este país não tem nada a ver com aquilo que Amílcar Cabral sonhou. Há uma coisa importante que ele sonhou e está feito: preparou tudo até à véspera da consumação das independências e foi assassinado. Este é um mérito histórico, indiscutível e eterno. Daí para a frente falhámos tudo”.
Rui Landim:
“O grande sonho de Cabral, aquilo pelo que lutou, existe hoje: um espaço político e demográfico chamado República da Guiné-Bissau, independente e onde os próprios guineenses dirigem o seu destino. Os outros sonhos não”.
Fafali Koudawo:
“Só se concretizou o içar da bandeira. É difícil dizer que se concretizou a independência. Se atentarmos à definição que Amílcar Cabral deu de independência a Guiné-Bissau está longe de ter uma independência”.
O analista explica que Amílcar Cabral tinha como definição de independência o facto de o homem africano ter a liberdade de escolher o seu próprio destino, de andar pelos seus pés no caminho que escolheu. “Será que a Guiné-Bissau está a andar pelos seus pés num caminho escolhido? Duvido!”.
FONTE: www.gbissau.com (Lusa, Janeiro de 2013)

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

TERRORISMO: Guineense detido em Londres

A polícia britânica anunciara com pompa e circunstância a detenção de quatro homens por suspeita de apoio a atividades terroristas na Síria. Ditadura do Consenso apurou que o cidadão português, é natural da Guiné-Bissau mas com nacionalidade portuguesa. A polícia britâncica não divulgou até agora a identidade dos suspeitos. Entretanto, este cidadão com dupla nacionalidade foi já libertado sem qualquer acusação formal. Recorde-se que de acordo com o diário britânico The Independent, um dos suspeitos é um cidadão português de 33 anos. O porta-voz do MNE confirmou hoje à agência Lusa que "um cidadão de nacionalidade portuguesa foi detido pelas autoridades inglesas, suspeito de ligação a um grupo terrorista".

FONTE: Ditadura do Consenso (Jornalista António Aly Silva)

Guiné Bissau: PAIGC, maior partido da Guiné-Bissau, assinou Pacto de Transição

O Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) assinou hoje em Bissau o Pacto de Transição, instrumento que regula o período de transição no país e que o maior partido se recusava a assinar.

FONTE: Novas da Guiné Bissau

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Três organizações internacionais prometem apoiar Guiné-Bissau

Três organizações internacionais prometeram apoiar o país e o processo de transição, quer em termos de assistência institucional quer na construção de infraestruturas, água potável e alimentação. A promessa foi deixada numa conferência de imprensa no dia da chegada a Bissau das três organizações, a Comissão Internacional dos Direitos Humanos (do Paquistão), a Organização Internacional dos Direitos Humanos (com sede na Índia) e a Cooperação Diplomática para um Mundo mais Seguro (Interdipco, com sede em Itália).
 
Muhammad Sahid Amin Khan, presidente da Comissão Internacional dos Direitos Humanos, explicou aos jornalistas que os responsáveis pelas três organizações já se encontraram hoje com o primeiro-ministro de transição e que pretendem também encontrar-se com o Presidente de transição, devendo a delegação deixar o país na próxima quinta-feira. Além de prometerem apoios para a produção e distribuição de água potável, os responsáveis disseram também que fariam chegar ao país 200 mil toneladas de arroz, garantindo que os apoios à Guiné-Bissau são para começar de imediato, sem esperar pelo fim do período de transição.
 
A Guiné-Bissau está a ser gerida por um Governo de transição na sequência de um golpe de Estado a 12 de abril do ano passado, levado a cabo pelos militares, que depuseram os governantes eleitos. A maior parte da comunidade internacional não reconhece as autoridades de transição. Segundo Amin Khan, caso seja assinado com as autoridades de transição um memorando de entendimento, as três organizações em conjunto estão dispostas a apoiar «a construção de instituições democráticas, para que as pessoas tenham empregos e melhores condições a nível de Saúde e Educação».
 
FONTE: www.gbissau.com (TSF, 14 de Janeiro de 2013)

Guiné Bissau: PAIGC quer juntar-se a governo de transição

Numa mudança de posição o PAIGC decidiu juntar-se ao “pacto de transição” e o “Acordo Político” saído do golpe de estado de Abril que o partido havia anteriormente condenado e que resultou na formação de um governo de transição. Um porta voz do partido, Oscar Barbosa, disse que a decisão do PAIGC será transmitido á Assembleia Nacional Popular e que o partido irá fazer parte do governo de transição devido a pressões da “ comunidade internacional”.
 
Barbosa indicou que a decisão se deve também ao facto do PAIGC se arriscar a não participar num dialogo entre guineenses que leve ao regresso à ordem constitucional.“Nós condenamos o golpe de estado mas temos que admitir e aceitar que o dialogo entre guineenses conduz a que obrigatoriamente o PAIGC não possa ser parte contrária ao entendimento nacional e que é necessário para se obter o retorno á constituição,” disse Oscar Barbosa. Barbosa disse que “é a comunidade internacional que entende que é urgente e útil que o PAIGC assuma ou integre um governo de transição porque é o partido maioritário na assembleia e isso é a possibilidade de forma legal abrirmos as janelas para que a comunidade internacional possa dialogar com a Guiné Bissau”.
 
A decisão segue-se a dois dias de reuniões dos Órgãos internos do partido, durante os quais decidiram assinaram o Pacto de Transição e o Acordo Politico. Trata-se de um congresso que promete ser muito renhido, em virtude de profundas divergências internas que marcaram e ainda marcam o partido, isto depois de eleições presidenciais de Maio do ano passado e que viria a resultar-se no Golpe de Estado de 12 de Abril.
 
FONTE: www.gbissau.com (VOA, 14 de Janeiro de 2013)

domingo, 13 de janeiro de 2013

Informativo Ministerial

Depois de ministrar ontem a noite para mais de 25 jovens internados na casa de recuperação "Caverna do Adulão" da Igreja IASMIL aqui em Andradas-MG, agora é descansar esta manhã para o culto a noite na igreja. 

Que Deus te abençoe e te dê uma semana repleta das suas mais ricas bençãos. Ganhar, as vezes. Desistir, já mais. Lutar, sempre, pois Deus é contigo. 

sábado, 12 de janeiro de 2013

Guiné-Bissau: Campeonato de Futebol começa sábado após mais de um ano de interrupção


O campeonato de futebol da Guiné-Bissau começa no próximo fim de semana após mais de um ano de interrupção e terá como novidade um prémio de 15.200 euros e uma taça de campeão para o vencedor. Segundo o vice-presidente da Federação de Futebol da Guiné-Bissau, Quicalá Baldé, pela primeira vez na história do futebol guineense a equipa que vencer o campeonato terá direito a uma recompensa monetária (10 milhões de francos CFA), uma taça e medalhas em ouro.
"É uma forma de dignificarmos o nosso futebol, premiando os melhores", disse Quicalá Baldé na conferência de imprensa que fez a antevisão do campeonato nacional da primeira divisão, que arranca sábado depois de mais de um ano em que a Guiné-Bissau esteve sem a prova devido a divergências na Federação.

O campeonato de futebol da primeira divisão da Guiné-Bissau conta com 10 clubes, mas até aqui o campeão apenas recebia uma taça e medalhas de bronze. Existem também campeonatos de segunda e terceira divisões, mas por falta de verbas a Federação marcou o início dessas categorias para fevereiro. Divergências na direção da Federação, que acabaram com a demissão do anterior presidente, José Medina Lobato, levaram com que não haja campeonato há mais de um ano, ao ponto de a FIFA mandar várias delegações para se inteirarem da situação.

"Já está tudo resolvido, este fim de semana, vamos voltar a ter o campeonato no país", assinalou o vice-presidente da Federação, antigo presidente de direção do Clube Futebol "Os Balantas" de Mansoa. O futebol é o desporto mais popular da Guiné-Bissau.

FONTE:Novas da Guiné Bissau

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Informações ministeriais

Esta final de semana estivemos (a família toda) na cidade de Taquarituba-SP para rever os irmãos e tivemos a honra de dar uma palestra aos obreiros da Igreja Assembleia de Deus e ministrar no culto da igreja Evangélica. Fomos hospedados mais uma vez pelo Preb. Reginaldo e família. 



quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Guiné Bissau: PRT participa no “Festival Malam Ka Murri” na vila de Cassacá

O Presidente da República de Transição vai estar esta quarta-feira na vila de Cassacá, no sul da Guiné Bissau. Manuel Serifo Nhamajo vai participas no “Festival Malam Ka Murri” a ter lugar naquela localidade, em homenagem ao falecido Presidente, considerado pelos muitos como um “obreiro da paz e da unidade nacional”.

O festival foi lançado por alguns camaradas e amigos em honra a Bacai Sanhá, tido como símbolo de unidade nacional. Durante a deslocação, Nhamajo fará parágens em localidades como Quebo, Mampata-Fórea, Sangonhã e Cacine. Com esta visita, o PRT dá por início a chamada “presidência aberta” anunciada no final de 2012 para contactos directos com as populações no quadro de um roteiro de reconciliação.

FONTE: www.gbissau.com (Rádio Difusão Nacional-RDN, 8 de Janeiro de 2013)

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Guiné Bissau: Fernando Vaz na posse de mais de 40 milhões de francos na sua residência


O Ministro da Presidência do Conselho de Ministros do Governo de transição, Fernando Vaz, estaria na posse de 43 milhões de F.cfa, na sua residência privada. Do total dos 43 milhões de F.cfa (cerca de 65,5 mil euros), 20 milhões terão sido desviados por um jovem que trabalhava na residência do governante, tendo o empregado sido detido a 28 de Dezembro. Os familiares do jovem apresentaram o caso junto da Liga Guineense dos Direitos Humanos, sendo que a organização humanitária já exigiu a libertação do detido.

Sobre o assunto, o membro do Governo de transição negou que a quantia lhe pertença e que tenha sido desviada. Ao nível do Governo de transição, não houve ainda reacções sobre o caso que envolve o nome de Fernando Vaz. O cenário acontece numa altura em que vários sectores públicos da Guiné-Bissau se encontram em situação greve, nomeadamente a Saúde, os correios, a energia e as águas, bem como a agendada greve do sector do Ensino.


FONTE: Novas da Guiné Bissau

Guiné-Bissau “não é uma missão impossível”


Ramos-Horta considera que as relações históricas entre Portugal e Bissau são muito importantes e mostra-se confiante na retoma do diálogo bilateral.



O novo enviado especial da ONU à Guiné-Bissau, José Ramos-Horta, reconhece a “complexidade da situação” no país, mas diz que “não é uma missão impossível. Em entrevista à Renascença, o antigo presidente de Timor-Leste mostra-se relativamente optimista numa solução para o conflito e garante que vai ouvir todas as partes interessadas.

“Tenho consciência da complexidade da situação, mas não é uma missão impossível. Pelo que disse o senhor ministro dos Negócios Estrangeiros do governo de transição na Guiné-Bissau, parece haver boa vontade em relação à minha pessoa, ao papel da ONU, e farei todo o possível para ganhar a confiança de todos”, afirma o prémio Nobel da Paz. Sobre as divergências entre a Guiné-Bissau e Portugal, que não reconhece o governo de transição guineense, José Ramos-Horta considera que as relações históricas entre os dois países são muito importantes e mostra-se confiante na retoma do diálogo bilateral.

Outra das preocupações é o tráfico de droga na Guiné-Bissau. Para o prémio Nobel da Paz, o país e o seu povo não são mais do que vítimas num negócio que começa com a produção na América Latina e o consumo da Europa. Por isso, José Ramos Horta defende uma maior intervenção das autoridades nos dois continentes. Nesta entrevista à Renascença o antigo presidente de Timor garante também que esta missão na Guiné-Bissau nada tem a ver com uma eventual candidatura a secretário-geral da ONU.

SAPO e Rádio Renascença
FONTE: Novas da Guiné Bissau

domingo, 6 de janeiro de 2013

Ramos Horta: ONU não irá impor solução para a Guiné-Bissau

Em entrevista exclusiva à Rádio ONU, recém-nomeado representante especial do Secretário-Geral para país africano diz que sua meta será promover o diálogo e a unidade nacional. O recém-nomeado representante especial do Secretário-Geral da ONU para a Guiné-Bissau defendeu que qualquer solução para a crise política na nação africana passa pelos líderes do país, sociedade e Forças Armadas.

O ex-presidente do Timor-Leste, José Ramos Horta, concedeu entrevista exclusiva à Rádio ONU nesta sexta-feira. De Lisboa, o prêmio Nobel da Paz ressaltou que o povo da Guiné-Bissau deve indicar a solução para o país, que sofreu um golpe de Estado. 

Experiência
 
"São os guineenses que devem indicar para mim, para as Nações Unidas, o que querem para o seu país, quais os caminhos para chegar à estabilidade e democratização. A ONU só pode apoiar aqueles que desejam a paz, a democracia, a liberdade. A ONU não vai impor aos guineenses nenhuma solução feita pela organização." A nomeação de Ramos Horta foi anunciada na quarta-feira pelo porta-voz de Ban. Em nota, o Secretário-Geral ressaltou as três décadas de experiência política que o novo representante levará à Guiné-Bissau. 

Independência
 
Nós últimos seis anos, José Ramos Horta foi ministro e presidente do Timor-Leste.  Considerado um dois herois da independência, ele recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 1996, uma honra que dividiu com o bispo timorense Carlos Filipe Ximenes Belo. Na época, a academia que concede o Nobel lembrou que a distinção devia-se "ao trabalho dos dois por uma solução justa e pacífica para o conflito no Timor-Leste." 

Viagens Internacionais
 
O novo representante especial do Secretário-Geral da ONU chegará à Guiné-Bissau mais de nove meses após o golpe de 12 de abril, que tirou do poder o presidente interino e o primeiro-ministro guineenses. No momento, o país tem um "governo de transição" que inclui militares e civis. José Ramos Horta destaca ainda que o foco dele será a promoção do diálogo e da unidade nacional. Ele estará na sede das Nações Unidas na próxima semana. "É muito importante que os guineenses se reconciliem, sarem as feridas, ponham uma pedra no passado, um passado trágico, mas que também foi um passado glorioso. A luta da independência foi uma das lutas mais inspiradoras do século 20. Nem tudo é negativo no passado da Guiné-Bissau, pelo contrário, teve um passado brilhante, glorioso." 

Conselho de Segurança
 
A situação na Guiné-Bissau já foi debatida, várias vezes, pelo Conselho de Segurança da ONU, que adotou uma resolução proibindo as viagens internacionais de alguns militares envolvidos no golpe. Além disso, várias organizações internacionais e regionais têm tentado mediar a crise, incluindo a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, Cplp, e a União Africana.

FONTE: Novas da Guiné Bissau

sábado, 5 de janeiro de 2013

Guiné Bissau: Presidente da CNE renuncia ao cargo

O recém-eleito Presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE), o Juiz Conselheiro Rui Nené, renunciou ao cargo devido às contestações dos partidos políticos signatários de Pacto de transição. A carta de demissão de Rui Nené, dirigida ao Conselho Superior da Magistratura Judicial e datada de 24 de Dezembro, deu entrada nesta instância a 2 de Janeiro.

«Decidi renunciar ao exercício do cargo de Presidente da Comissão
Nacional de Eleições, para o qual fui eleito a 5 de Dezembro de 2012 pelos deputados da Assembleia Nacional Popular, pondo fim ao exercício em comissão de serviço do referido cargo, acima autorizado pelo Conselho Superior da Magistratura Judicial», pode ler-se na missiva.

De acordo ainda com Rui Nené, por razões adversas ao exercício deste cargo, o magistrado terá sido objecto de várias declarações públicas, de contestações proferidas pela classe política, bem como da pressão de que tem sido alvo por parte de algumas figuras públicas.«Estas pressões levaram à convocação de uma reunião na Presidência da República, pelo Presidente de transição, para ser analisada a minha eleição», declarou Rui Nené no comunicado enviado ao Conselho Superior da Magistratura Judicial.

O Juiz Conselheiro disse ainda ser do seu entendimento que a continuidade nas funções possa pôr em causa a estabilidade e a paz, enquanto magistrado judicial que sempre se pautou pelas realizações de interesse público, considerando estes factos como estando acima de outros interesses. Este assunto é do conhecimento da Assembleia Nacional Popular, cuja comissão reuniu esta sexta-feira, 4 de Janeiro, para analisar o pedido de Rui Nené, de entre outros assuntos.

A questão das reclamações tinha já sido dada como ultrapassada pelo gabinete do Presidente de transição, Manuel Serifo Nhamadjo. Rui Nené vai agora recandidatar-se a vice-Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, lugar que tinha adquirido aquando das Eleições nesta instituição.

FONTE: Novas da Guiné Bissau

Guiné-Bissau: Serifo Nhamadjo defende eleições nas condições estabelecidas

O Presidente Ilegítimo de transição anunciou que as eleições gerais previstas no pacto, tanto as Presidenciais como as Legislativas, se irão realizar dentro do calendário e das condições político-administrativas estabelecidas no documento. 

«Os órgãos de soberania de transição, a Presidência da República, a Assembleia Nacional Popular e o Governo continuam empenhados e tudo farão para que as Eleições Gerais previstas no pacto, tanto as Presidenciais como as Legislativas, se realizem no calendário e nas condições político-administrativas estabelecidas naqueles documentos», declarou Serifo Nhamadjo.

Na sua mensagem de fim de ano, Serifo Nhamadjo referiu que terão que ser concluídos o processo de cartografia eleitoral e o recenseamento biométrico, tanto no interior do país como na diáspora.

«Temos e devemos aprender com a nossa história. Estas eleições não serão para o mero cumprimento formal do calendário estabelecido mas sim um momento de reflexão e de escolha daqueles que irão presidir o nosso destino colectivo», alertou o Presidente de transição, acrescentando que as eleições deverão decorrer num clima de total estabilidade, tranquilidade e de paz social, que permita aos cidadãos o exercício do direito em plena consciência e liberdade de acção, sem condicionalismos de qualquer espécie.

Relativamente à agenda para ano que agora começa, Serifo Nhamadjo propôs a ocupação dos fins-de-semana dos primeiros meses de 2013 com a execução, na companhia das restantes autoridades centrais, regionais e tradicionais, de um roteiro que intitulou a «reconciliação».

A iniciativa tem com finalidade estabelecer um contacto directo com as populações, num diálogo aberto, franco e inclusivo do país, desde o leste a oeste e de norte a sul.

«Tudo faremos para que todos os guineenses se sintam convocados e incluídos neste processo de reencontro da nação consigo própria», referiu o Presidente de transição. Ao nível do Parlamento, Serifo Nhamadjo disse que, com a retoma do seu normal funcionamento em conformidade com o Acordo Político de Transição, as competências de recenseamento e organização do processo eleitoral passam para Comissão Nacional de Eleições (CNE), sob dependência da Assembleia Nacional Popular.

«Em conformidade com o Acordo Político de Transição, a CNE retomará para finalizar o processo que visa o recenseamento eleitoral biométrico, que inclua a diáspora». Trata-se de um trabalho do qual disse estar consciente, tendo apelado à colaboração da Comunidade Internacional para que, em Março de 2013, a CNE consiga fixar com os principais intervenientes do processo eleitoral o plano e o cronograma consensuais para realização do acto eleitoral.

No plano diplomático e de cooperação internacional, Serifo Nhamadjo disse que, apesar de uma intensa «campanha negativa levada a cabo por forças obscuras» conseguiu, através de uma persistente e intensa acção de esclarecimento, manter melhorar as relações com importantes organismos e entidades tais como instituições religiosas de diversas confissões, organizações não-governamentais e agremiações empresariais internacionais.

FONTE: Novas da |Guiné Bissau

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

José Ramos-Horta confiante no trabalho com autoridades da Guiné-Bissau para país entrar numa nova fase


José Ramos Horta, antigo Presidente da República de Timor-Leste
O novo representante do secretário-geral da ONU para a Guiné-Bissau, José Ramos-Horta, disse hoje estar confiante que vai conseguir trabalhar com as autoridades guineenses para o país entrar numa nova fase da sua vida. “Conheço muitos da classe política guineense, conheço os militares e estou confiante que conseguirei trabalhar com eles para que em conjunto a Guiné-Bissau entre numa nova fase da sua vida, realizando os sonhos, o projeto do grande africano e guineense que foi Amílcar Cabral”, afirmou.
O ex-Presidente de Timor-Leste e Prémio Nobel da Paz falava aos jornalistas em conferência de imprensa, realizada na sua residência em Díli, depois de na segunda-feira ter sido nomeado pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, seu representante para a Guiné-Bissau.
FONTE: www.gbissau.com Díli (Lusa, 3 de Janeiro de 2013)

Guiné Bissau: Central sindical guineense propõe pacto social para promover “grandes reformas no Estado”


O secretário-geral da União Nacional dos Trabalhadores da Guiné-Bissau (UNTG), Estêvão Có, defendeu ontem, quarta-feira que o país devia ter um pacto social para, dentro de um ano, promover “grandes reformas no aparelho do Estado”, noticia a LUSA. Ao apresentar as suas ideias para 2013, Estêvão Có afirmou que só com um pacto social, que envolva os partidos políticos, os empresários, os trabalhadores da Função Pública e os militares, é que a Guiné-Bissau poderá ganhar estabilidade e promover reformas no Estado.
Para o líder da UNTG, maior central sindical da Guiné-Bissau, sem o pacto social será impossível promover as reformas ao nível dos sectores da Defesa, Segurança e Justiça e ainda encetar melhorias no funcionamento da administração pública. “A administração pública do país está politizada, a entrada de funcionários não obedece a critérios e não há respeito pela hierarquia e progressão na carreira, um pacto social permitiria resolver, de vez, esta questão”, observou Estêvão Có.
Esse pacto social, a ser implementado durante um ano, iria permitir a modernização do Estado guineense, tarefa que só pode ser executado por um Governo que não seja de legislatura como é o caso do presente Executivo, notou Có. “A execução desse pacto poderia levar um ano e depois preparar eleições. Devíamos preparar o país bem, reestruturar tudo e só depois irmos para eleições, porque realizar eleições só por realizar não nos traz nada”, acrescentou o líder sindical.
“Para nós, é melhor prorrogar o prazo das eleições que ouvimos dizer que deverão ter lugar em abril ou em maio, para nós seria bom prorrogar as eleições para novembro”, defendeu Estêvão Có.
FONTE: www.gbissau.com  (Lusa, 02 de Janeiro de 2013)

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Guiné Bissau: Organizações da sociedade civil congratulam-se com nomeação de Ramos-Horta


José Ramos-Horta, novo representante da ONU na Guiné-Bissau
As organizações representativas da sociedade civil da Guiné-Bissau congratularam-se hoje com a nomeação do ex-presidente de Timor-Leste, José Ramos-Horta, para o cargo de representante do secretário-geral da ONU no país. Em declarações à agência Lusa, o presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, Luís Vaz Martins e Mamadu Quetá, vice-presidente do Movimento da Sociedade Civil para Paz e Democracia, afirmaram tratar-se de “uma escolha feliz e acertada” devido ao “percurso política e diplomático” de Ramos-Horta.
Os dois responsáveis entendem que o percurso de Ramos-Horta – prémio Nobel da Paz, antigo ministro dos Negócios Estrangeiros e Presidente de Timor-Leste – e ainda o facto de ser uma pessoa conhecedora da realidade guineense poderá fazer com que tenha “um bom desempenho” como representante do secretário-geral da ONU na Guiné-Bissau.
FONTE: www.gbissau.com (Lusa, 01 de Janeiro de 2013)